A AMRPB assenta numa gestão moderna e eficiente dos resíduos urbanos
A AMRPB é responsável pela recolha, tratamento e valorização dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) provenientes dos 19 Municípios que definem a sua esfera de intervenção territorial.
O Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU) de Tondela define a estrutura central do Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU) da AMRPB. É nesta infraestrutura que são recebidos os resíduos sólidos urbanos recolhidos e desenvolvidas as operações de tratamento adequadas à sua tipologia.
O CTRSU é constituído por:
- duas Centrais de Triagem (CT) multimaterial: (i) papel/cartão e (ii) recicláveis de plástico/metal/ECAL,
- uma unidade de Tratamento Mecânico e Biológico (TMB),
- uma Central de Valorização Energética (CVE),
- uma unidade de confinamento técnico (Aterro Sanitário),
- uma Estação de Tratamento de Águas Lixiviadas (ETAL).
Para complementar o sistema, existem ainda 3 Estações de Transferência (ET) nos municípios de Seia, Viseu e Vouzela, que asseguram a receção de resíduos urbanos dos municípios mais distantes, daí sendo encaminhando-os ao CTRSU de Tondela.
A AMRPB dispõe de uma rede de contentores de deposição de resíduos indiferenciados, de uma rede de ecopontos para deposição seletiva de resíduos recicláveis (papel/cartão, plástico/metal/ECAL e vidro) e ainda de 19 ecocentros, um em cada município. Depois de recolhidos nestas plataformas, os resíduos urbanos são encaminhados para o CTRSU de Tondela.
Geralmente, os resíduos provenientes da recolha indiferenciada são encaminhados para a unidade de TMB. Na linha de tratamento mecânico desta infraestrutura, procede-se à recuperação de recicláveis multimaterial (plástico e metal) e da separação da fração orgânica que é posteriormente encaminhada para a linha de tratamento biológico (Central de Valorização Orgânica), onde a fração orgânica é valorizada por digestão anaeróbia e é produzido biogás.
Os resíduos provenientes da recolha seletiva e dos ecocentros são processados nas Centrais de Triagem de Papel/Cartão e de Embalagens (plástico/metal/ECAL), sendo depois encaminhados para reciclagem, com exceção do vidro que segue diretamente para a indústria recicladora, a partir das estações de transferência.
Os resíduos urbanos rejeitados durante os processos de triagem desenvolvidos no CTRSU de Tondela e que não são suscetíveis de reutilização ou de soluções de reciclagem são encaminhados para confinamento no aterro sanitário.
A AMRPB aposta na valorização energética do biogás produzido a partir da decomposição de matéria orgânica confinada no aterro sanitário bem como aquele que é produzido no tratamento biológico anaeróbio desenvolvido na unidade de TMB. O biogás é encaminhado para a CVE e convertido em energia elétrica que depois é injetada na rede.
No sentido de promover a valorização da Fração Resto (FR) que corresponde aos resíduos urbanos sujeitos a pré-tratamento, cuja composição não encontra destino de valorização, bem como reduzir a eliminação de resíduos em aterro, a AMRPB tem já projetada uma linha de preparação de Combustível Derivado de Resíduos (CDR). Desta forma, será possível converter a fração restos num CDR com qualidade, que será aproveitado como combustível alternativo.